Um estudo mostrou que o interesse pela política não é o mesmo que há 18 anos, a chance de um universitário ter bastante curiosidade pela política era de 3,6 vezes maiores que alguém que tinha o ensino fundamental completo. Nos últimos anos esse número caiu ainda mais, estava em 1,6 no ano de 2006. Nota-se que a cada ano que passa o desinteresse aumenta de forma geral. São assustadoras essas pesquisas, pois se ninguém toma conhecimento ou reclama da forma que é administrado nosso dinheiro, o Legislativo e Executivo “ fazem o que quiser”.
O Brasil tem hoje 22 partidos, destes, nenhum tem independência total, esse modelo presidencialista se assemelha ao imperialista, consequência causada pela concentração do recebimento de impostos no caixa da União, e de lá é distribuído. (Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo). Como todos os partidos querem levar recursos para os estados e municípios de origem, e todos sabem que o governo libera primeiro para os “amigos” e por isso a base aliada do governo não para de crescer. Com essa nova forma de negociar o congresso perdeu uma das suas principais atividades, que é fiscalizar o Executivo. O adesismo automático das legendas ficaria mais difícil se estas fossem obrigadas a se organizar em torno de ideias claras e estivem mais exposta à cobrança do eleitorado. Da forma como está hoje isso é impossível, pesquisa mostra que 7 em cada 10 pessoas não se lembram do nome do deputado que votaram na última eleição.
Acredito que a melhor forma para alterar essa distorção seria a implantação do voto distrital puro ou misto, no primeiro, o país se dividiria em 513 distritos cada partido só poderia lançar um candidato por distrito e cada distrito tem direito de eleger um representante apenas, dessa forma seria muito mais fácil para a população de cada local acompanhar o desempenho dele em Brasília e fiscalizar seus atos. O eleitor se sentiria mais perto do eleito. No segundo metade do plenário seria eleita por um sistema, metade por outro. O eleitor votaria duas vezes: a primeira, no representante distrital; a segunda, em uma legenda com isso aumentaria a representatividade do congresso, ao mesmo tempo em que fortaleceria a unidade de pensamento dentro de cada partido.
Com uma dessas formas acabaria, com efeito, Tiririca. No congresso o debate começou da melhor forma possível, a comissão que será responsável pela discussão tem um monte de gente de valor com Valdemar Costa Neto (PR), Ricardo Berzoini (PT) esses são alguns dos “bons elementos”, será que eles vão se desempenhar para alterar o sistema que mantém a sobrevivência deles em Brasília. No discurso de posse da presidente Dilma ela disse: “Quero dizer com todas as letras aos partidos políticos do país: não dá mais para adiar essa reforma. Ela é uma necessidade vital para corrigir equívocos, vícios e distorções. Fala até papagaio fala, vamos ver na prática o que vai acontecer.
Assista a esse vídeo, é deprimente está situação.